Língua Portuguesa



Substantivo
Substantivo é tudo o que nomeia as "coisas" em geral.
Substantivo é tudo o que pode ser visto, pego ou sentido.
Substantivo é tudo o que pode ser precedido de artigo .

Classificação e Formação

Substantivo Comum
Substantivo comum é aquele que designa os seres de uma espécie de forma genérica. Por exemplo pedra, computador, cachorro, homem, caderno.
Substantivo Próprio
Substantivo próprio é aquele que designa um ser específico, determinado, individualizando-o. Por exemplo Maxi, Londrina, Dílson, Ester. O substantivo próprio sempre deve ser escrito com letra maiúscula.
Substantivo Concreto
Substantivo concreto é aquele que designa seres que existem por si só ou apresentam-se em nossa imaginação como se existissem por si. Por exemplo ar, som, Deus, computador, Ester.
Substantivo Abstrato
Substantivo abstrato é aquele que designa prática de ações verbais, existência de qualidades ou sentimentos humanos. Por exemplo saída (prática de sair), beleza(existência do belo), saudade.

Formação dos substantivos

Os substantivos, quanto à sua formação, podem ser:
Substantivo Primitivo
É primitivo o substantivo que não se origina de outra palavra existente na língua portuguesa. Por exemplo pedra, jornal, gato, homem.
Substantivo Derivado
É derivado o substantivo que provém de outra palavra da língua portuguesa. Por exemplopedreiro, jornalista, gatarrão, homúnculo.
Substantivo Simples
É simples o substantivo formado por um único radical. Por exemplo pedra, pedreiro, jornal, jornalista.
Substantivo Composto
É composto o substantivo formado por dois ou mais radicais. Por exemplo pedra-sabão, homem-rã, passatempo.
Substantivo Coletivo
É coletivo o substantivo no singular que indica diversos elementos de uma mesma espécie.
 abelha - enxame, cortiço, colméia
 
acompanhante - comitiva, cortejo, séqüito
 
alho - (quando entrelaçados) réstia, enfiada, cambada
 
aluno - classe
 
amigo - (quando em assembléia) tertúlia
 
animal - em geral = piara, pandilha, todos de uma região = fauna; manada de cavalgaduras = récua, récova; de carga = tropa; de carga, menos de 10 = lote; de raça, para reprodução = plantel; ferozes ou selvagens = alcatéia
 
anjo - chusma, coro, falange, legião, teoria
 
apetrecho - (quando de profissionais) ferramenta, instrumental
 
aplaudidor - (quando pagos) claque
 
argumento - carrada, monte, montão, multidão
 
arma - (quando tomadas dos inimigos) troféu
 
arroz - batelada
 
artigo - (quando heterogêneo) mixórdia
 
artista - (quando trabalham juntos) companhia, elenco
 
árvore - quando em linha = alameda, carreira, rua, souto; quando constituem maciço = arvoredo, bosque; quando altas, de troncos retos a aparentar parque artificial = malhada
 
asneira - acervo, chorrilho, enfiada, monte
 
asno - manada, récova, récua
 
assassino - choldra, choldraboldra
 
assistente - assistência
 
astro - (quando reunidos a outros do mesmo grupo) constelação
 
ator - elenco
 
autógrafo - (quando em lista especial de coleção) álbum
 
ave - (quando em grande quantidade) bando, nuvem
 
avião - esquadrão, esquadria, flotilha
 
bala - saraiva, saraivada
 
bandoleiro - caterva, corja, horda, malta, súcia, turba
 
bêbado - corja, súcia, farândola
 
boi - boiada, abesana, armento, cingel, jugada, jugo, junta, manada, rebanho, tropa
 
bomba - bateria
 
borboleta - boana, panapaná
 
botão - de qualquer peça de vestuário = abotoadura; quando em fileira = carreira
 
burro - em geral = lote, manada, récua, tropa; quando carregado = comboio
 
cabelo - em geral = chumaço, guedelha, madeixa; conforme a separação = marrafa, trança
 
cabo - cordame, cordoalha, enxárcia
 
cabra - fato, malhada, rebanho
 
cadeira - (quando dispostas em linha) carreira, fileira, linha, renque
 
cálice - baixela
 
camelo - (quando em comboio) cáfila
 
caminhão - frota
 
canção - quando reunidas em livro = cancioneiro; quando populares de uma região = folclore
 
canhão - bateria
 
cantilena - salsada
 
cão - adua, cainçalha, canzoada, chusma, matilha
 
capim - feixe, braçada, paveia
 
cardeal - (em geral) sacro colégio, (quando reunidos para a eleição do papa) conclave, (quando reunidos sob a direção do papa) consistório
 
carneiro - chafardel, grei, malhada, oviário, rebanho
 
carro - quando unidos para o mesmo destino = comboio, composição; quando em desfile = corso
 
carta - em geral = correspondência; quando manuscritas em forma de livro = cartapácio; quando geográficas = atlas
 
casa - (quando unidas em forma de quadrados) quarteirão, quadra.
 
cavaleiro - cavalgada, cavalhada, tropel
 
cavalgadura - cáfila, manada, piara, récova, récua, tropa, tropilha
 
cavalo - manada, tropa
 
cebola - (quando entrelaçadas pelas hastes) cambada, enfiada, réstia
 
chave - (quando num cordel ou argola) molho (mó), penca
 
célula - (quando diferenciadas igualmente) tecido
 
cereal - em geral = fartadela, fartão, fartura; quando em feixes = meda, moréia
 
cigano - bando, cabilda, pandilha
 
cliente - clientela, freguesia
 
coisa - em geral = coisada, coisarada, ajuntamento, chusma, coleção, cópia, enfiada; quando antigas e em coleção ordenada = museu; quando em lista de anotação = rol, relação; em quantidade que se pode abranger com os braços = braçada; quando em série = seqüência, série, seqüela, coleção; quando reunidas e sobrepostas = monte, montão, cúmulo
 
copo - baixela
 
corda - (em geral) cordoalha, (quando no mesmo liame) maço, (de navio) enxárcia, cordame, massame, cordagem
 
correia - (em geral) correame, (de montaria) apeiragem
 
credor - junta, assembléia
 
crença - (quando populares) folclore
 
crente - grei, rebanho
 
depredador - horda
 
deputado - (quando oficialmente reunidos) câmara, assembléia
 
desordeiro - caterva, corja, malta, pandilha, súcia, troça, turba
 
diabo - legião
 
dinheiro - bolada, bolaço, disparate
 
disco - discoteca
 
disparate - apontoado
 
doze - (coisas ou animais) dúzia
 
elefante - manada
 
empregado - (quando de firma ou repartição) pessoal
 
escola - (quando de curso superior) universidade
 
escravo - (quando da mesma morada) senzala, (quando para o mesmo destino) comboio, (quando aglomerados) bando
 
escrito - (quando em homenagem a homem ilustre) poliantéia, (quando literários) analectos, antologia, coletânea, crestomatia, espicilégio, florilégio, seleta
 
espectador - (em geral) assistência, auditório, concorrência, (quando contratados para aplaudir) claque
 
espiga - (quando atadas) amarrilho, arregaçada, atado, atilho, braçada, fascal, feixe, gavela, lio, molho, paveia
 
estaca - (quando fincadas em forma de cerca) paliçada
 
estado - (quando unidos em nação) federação, confederação, república
 
estampa - (quando selecionadas) iconoteca, (quando explicativas) atlas
 
estrela - (quando cientificamente agrupadas) constelação, (quando em quantidade) acervo, (quando em grande quantidade) miríade
 
estudante - (quando da mesma escola) classe, turma, (quando em grupo cantam ou tocam) estudantina, (quando em excursão dão concertos) tuna, (quando vivem na mesma casa) república
 
facínora - caterva, horda, leva, súcia
 
feijão - (quando comerciáveis) batelada, partida
 
feiticeiro - (quando em assembléia secreta) conciliábulo
 
feno - braçada, braçado
 
filhote - (quando nascidos de uma só vez) ninhada
 
filme - filmoteca, cinemoteca
 
fio - (quando dobrado) meada, mecha, (quando metálicos e reunidos em feixe) cabo
 
flecha - (quando caem do ar, em porção) saraiva, saraivada
 
flor - (quando atadas) antologia, arregaçada, braçada, fascículo, feixe, festão, capela, grinalda, ramalhete, buquê, (quando no mesmo pedúnculo) cacho
 
foguete - (quando agrupados em roda ou num travessão) girândola
 
força naval - armada
 
força terrestre - exército
 
formiga - cordão, correição, formigueiro
 
frade - (quando ao local em que moram) comunidade, convento, (quanto ao fundador ou quanto às regras que obedecem) ordem
 
frase - (quando desconexas) apontoado
 
freguês - clientela, freguesia
 
fruta - (quando ligadas ao mesmo pedúnculo) cacho, (quanto à totalidade das colhidas num ano) colheita, safra
 
fumo - malhada
 
gafanhoto - nuvem, praga
 
garoto - cambada, bando, chusma
 
gato - cambada, gatarrada, gataria
 
gente - (em geral) chusma, grupo, multidão, (quando indivíduos reles) magote, patuléia, poviléu
 
grão - manípulo, manelo, manhuço, manojo, manolho, maunça, mão, punhado
 
graveto - (quando amarrados) feixe
 
gravura - (quando selecionadas) iconoteca
 
habitante - (em geral) povo, população, (quando de aldeia, de lugarejo) povoação
 
herói - falange
 
hiena - alcatéia
 
hino - hinário
 
ilha - arquipélago
 
imigrante - (quando em trânsito) leva, (quando radicados) colônia
 
índio - (quando formam bando) maloca, (quando em nação) tribo
 
instrumento - (quando em coleção ou série) jogo, ( quando cirúrgicos) aparelho, (quando de artes e ofícios) ferramenta, (quando de trabalho grosseiro, modesto) tralha
 
inseto - (quando nocivos) praga, (quando em grande quantidade) miríade, nuvem, (quando se deslocam em sucessão) correição
 
javali - alcatéia, malhada, vara
 
jornal - hemeroteca
 
jumento - récova, récua
 
jurado - júri, conselho de sentença, corpo de jurados
 
ladrão - bando, cáfila, malta, quadrilha, tropa, pandilha
 
lâmpada - (quando em fileira) carreira, (quando dispostas numa espécie de lustre) lampadário
 
leão - alcatéia
 
lei - (quando reunidas cientificamente) código, consolidação, corpo, (quando colhidas aqui e ali) compilação
 
leitão - (quando nascidos de um só parto) leitegada
 
livro - (quando amontoados) chusma, pilha, ruma, (quando heterogêneos) choldraboldra, salgalhada, (quando reunidos para consulta) biblioteca, (quando reunidos para venda) livraria, (quando em lista metódica) catálogo
 
lobo - alcatéia, caterva
 
macaco - bando, capela
 
malfeitor - (em geral) bando, canalha, choldra, corja, hoste, joldra, malta, matilha, matula, pandilha, (quando organizados) quadrilha, seqüela, súcia, tropa
 
maltrapilho - farândola, grupo
 
mantimento - (em geral) sortimento, provisão, (quando em saco, em alforge) matula, farnel, (quando em cômodo especial) despensa
 
mapa - (quando ordenados num volume) atlas, (quando selecionados) mapoteca
 
máquina - maquinaria, maquinismo
 
marinheiro - maruja, marinhagem, companha, equipagem, tripulação, chusma
 
médico - (quando em conferência sobre o estado de um enfermo) junta
 
menino - (em geral) grupo, bando, (depreciativamente) chusma, cambada
 
mentira - (quando em seqüência) enfiada
 
mercadoria - sortimento, provisão
 
mercenário - mesnada
 
metal - (quando entra na construção de uma obra ou artefato) ferragem
 
ministro - (quando de um mesmo governo) ministério, (quando reunidos oficialmente) conselho
 
montanha - cordilheira, serra, serrania
 
mosca - moscaria, mosquedo
 
móvel - mobília, aparelho, trem
 
música - (quanto a quem a conhece) repertório
 
músico - (quando com instrumento) banda, charanga, filarmônica, orquestra
 
nação - (quando unidas para o mesmo fim) aliança, coligação, confederação, federação, liga, união
 
navio - (em geral) frota, (quando de guerra) frota, flotilha, esquadra, armada, marinha, (quando reunidos para o mesmo destino) comboio
 
nome - lista, rol
 
nota - (na acepção de dinheiro) bolada, bolaço, maço, pacote, (na acepção de produção literária, científica) comentário
 
objeto - V coisa
 
onda - (quando grandes e encapeladas) marouço
 
órgão - (quando concorrem para uma mesma função) aparelho, sistema
 
orquídea - (quando em viveiro) orquidário
 
osso - (em geral) ossada, ossaria, ossama, (quando de um cadáver) esqueleto
 
ouvinte - auditório
 
ovelha - (em geral) rebanho, grei, chafardel, malhada, oviário, (quando ainda não deram cria e nem estão prenhes) alfeire
 
ovo - (os postos por uma ave durante certo tempo) postura, (quando no ninho) ninhada
 
padre - clero, clerezia
 
palavra - (em geral) vocabulário, (quando em ordem alfabética e seguida de significação) dicionário, léxico, (quando proferidas sem nexo) palavrório
 
pancada - data
 
pantera - alcatéia
 
papel - (quando no mesmo liame) bloco, maço, (em sentido lato, de folhas ligadas e em sentido estrito, de 5 folhas) caderno, (5 cadernos) mão, (20 mãos) resma, (10 resmas) bala
 
parente - (em geral) família, (em reunião) tertúlia
 
partidário - facção, partido, torcida
 
partido (político) - (quando unidos para um mesmo fim) coligação, aliança, coalização, liga
 
pássaro - passaredo, passarada
 
passarinho - nuvem, bando
 
pau - (quando amarrados) feixe, (quando amontoados) pilha, (quando fincados ou unidos em cerca) bastida, paliçada
 
peça - (quando devem aparecer juntas na mesa) baixela, serviço, (quando artigos comerciáveis, em volume para transporte) fardo, (em grande quantidade) magote, (quando pertencentes à artilharia) bateria, (de roupas, quando enroladas) trouxa, (quando pequenas e cosidas umas às outras para não se extraviarem na lavagem) apontoado, (quando literárias) antologia, florilégio, seleta, silva, crestomatia, coletânea, miscelânea.
 
peixe - (em geral e quando na água) cardume, (quando miúdos) boana, (quando em viveiro) aquário, (quando em fileira) cambada, espicha, enfiada, (quando à tona) banco, manta
 
pena - (quando de ave) plumagem
 
peregrino - caravana, romaria, romagem
 
pérola - (quando enfiadas em série) colar, ramal
 
pessoa - (em geral) aglomeração, banda, bando, chusma, colméia, gente, legião, leva, maré, massa, mó, mole, multidão, pessoal, roda, rolo, troço, tropel, turba, turma, (quando reles) corja, caterva, choldra, farândola, récua, súcia, (quando em serviço, em navio ou avião) tripulação, (quando em acompanhamento solene) comitiva, cortejo, préstito, procissão, séqüito, teoria, (quando ilustres) plêiade, pugilo, punhado, (quando em promiscuidade) cortiço, (quando em passeio) caravana, (quando em assembléia popular) comício, (quando reunidas para tratar de um assunto) comissão, conselho, congresso, conclave, convênio, corporação, seminário, (quando sujeitas ao mesmo estatuto) agremiação, associação, centro, clube, grêmio, liga, sindicato, sociedade
 
pilha - (quando elétricas) bateria
 
pinto - (quando nascidos de uma só vez) ninhada
 
planta - (quando frutíferas) pomar, (quando hortaliças, legumes) horta, (quando novas, para replanta) viveiro, alfobre, tabuleiro, (quando de uma região) flora, (quando secas, para classificação) herbário.
 
ponto - (de costura) apontoado
 
porco - (em geral) manada, persigal, piara, vara, (quando do pasto) vezeira
 
povo - (nação) aliança, coligação, confederação, liga
 
prato - baixela, serviço, prataria
 
prelado - (quando em reunião oficial) sínodo
 
prisioneiro - (quando em conjunto) leva, (quando a caminho para o mesmo destino) comboio
 
professor - (quando de estabelecimento primário ou secundário) corpo docente, (quando de faculdade) congregação
 
quadro - (quando em exposição) pinacoteca, galeria
 
querubim - coro, falange, legião
 
recipiente - vasilhame
 
recruta - leva, magote
 
religioso- clero regular
 
roupa - (quando de cama, mesa e uso pessoal) enxoval, (quando envoltas para lavagem) trouxa
 
salteador - caterva, corja, horda, quadrilha
 
saudade - arregaçada
 
selo - coleção
 
serra - (acidente geográfico) cordilheira
 
servical - queira
 
soldado - tropa, legião
 
trabalhador - (quando reunidos para um trabalho braçal) rancho, (quando em trânsito) leva
 
tripulante - equipagem, guarnição, tripulação
 
utensílio - (quando de cozinha) bateria, trem, (quando de mesa) aparelho, baixela
 
vadio - cambada, caterva, corja, mamparra, matula, súcia
 
vara - (quando amarradas) feixe, ruma
 
velhaco - súcia, velhacada

Substantivo: Gênero vacilante

Existem alguns substantivos que trazem dificuldades, quanto ao gênero. Estude, então, com muita atenção estas listas:






São Masculinos
o açúcar
o afã
o ágape
o alvará
o amálgama
o anátema
o aneurisma
o antílope
o apêndice
o apetite
o algoz
o bóia-fria
o caudal
o cataclismo
o cônjuge
o champanha
o clã
o cola-tudo
o cós
o coma
o guaraná
o gengibre
o herpes
o lança-perfume
o haras
o lotação
o derma
o diagrama
o dó
o diadema
o decalque
o epigrama
o eclipse
o estigma
o estratagema
o eczema
o formicida
o magma
o matiz
o magazine
o milhar
o nó-cego
o pijama
o pé-frio
o plasma
o pão-duro
o sósia
o suéter
o talismã
o toalete
o tapa
o telefonema
o tira-teimas
o xérox
São Femininos
a abusão
a acne
a aluvião
a bacanal
a benesse
a bólide
a couve
a couve-flor
a cal
a cataplasma
a comichão
a derme
a agravante
a aguarrás
a dinamite
a debênture
a elipse
a ênfase
a echarpe
a entorse
a enzima
a faringe
a ferrugem
a fênix
a alface
a apendicite
a gênese
a grafite
a ioga
a libido
a matinê
a marmitex
a mascote
a mídia
a nuança
a omoplata
a aguardente
a alcunha
a ordenança
a omelete
a própolis
a patinete
a quitinete
a sentinela
a soja
a usucapião
a vernissagem
Mudança de gênero com mudança de significado
Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam também de significado. Eis alguns deles:
o caixa = o funcionário
a caixa = o objeto
o capital = dinheiro
a capital = sede de governo
o coma = sono mórbido
a coma = cabeleira, juba
o grama = medida de massa
a grama = a relva, o capim
o guarda = o soldado
a guarda = vigilância, corporação
o guia = aquele que serve de guia, cicerone
a guia = documento, formulário; meio-fio
o moral = estado de espírito
a moral = ética, conclusão
o banana = o molenga.
a banana = a fruta

Substantivo: Gêneros uniforme e biforme

Os substantivos, quanto ao gênero, sãomasculinos ou femininos. Quanto às formas, eles podem ser:
Substantivos Biformes
Substantivos biformes são os que apresentam duas formas, uma para o masculino, outra para o feminino, com apenas um radical.
Ex.
menino - menina.
traidor - traidora.
aluno - aluna
Substantivos Heterônimos
Substantivos heterônimos são os que apresentam duas formas, uma para o masculino, outra para o feminino, com dois radicais diferentes.
Ex.
homem - mulher.
bode - cabra.
boi - vaca.
Substantivos Uniformes
Substantivos uniformes são os que apresentam apenas um forma, para ambos os gêneros. Os substantivos uniformes recebem nomes especiais, que são os seguintes:
Comum-de-dois
Os comuns-de-dois são os que têm uma só forma para ambos os gêneros, com artigos distintos: Eis alguns exemplos:
o / a estudante
o / a imigrante
o / a acrobata
o / a agente
o / a intérprete
o / a lojista
o / a patriota
o / a mártir
o / a viajante
o / a artista
o / a aspirante
o / a atleta
o / a camelô
o / a chofer
o / a fã
o / a gerente
o / a médium
o / a porta-voz
o / a protagonista
o / a puxa-saco
o / a sem-terra
o / a sem-vergonha
o / a xereta
o / a xerife
Sobrecomum
Os sobrecomuns são os que têm uma só forma e um só artigo para ambos os gêneros: Eis alguns exemplos:
o cônjuge
a criança
o carrasco
o indivíduo
o apóstolo
o monstro
a pessoa
a testemunha
o algoz
o verdugo
a vítima
o tipo
o animal
o bóia-fria
o cadáver
a criatura
o dedo-duro
o defunto
o gênio
o ídolo
o líder
o membro
o nó-cego
o pão-duro
Epiceno
Os epicenos são os que têm uma só forma e um só artigo para ambos os gêneros de certos animais, acrescentando as palavras macho e fêmea, para se distinguir o sexo do animal. Eis alguns exemplos:
a girafa
a andorinha
a águia
a barata
a cobra
o jacaré
a onça
o sabiá
o tatu
a anta
a arara
a borboleta
o canguru
o caranguejo
a coruja
o crocodilo
o escorpião
a formiga
a girafa
a mosca
a onça
a pantera
o pernilongo
o piolho

Significação das palavras
SINÔNIMOS
São palavras que apresentam, entre si, o mesmo significado.
triste = melancólico.
resgatar = recuperar
maciço = compacto
ratificar = confirmar
digno = decente, honesto
reminiscências = lembranças
insipiente = ignorante.
ANTÔNIMOS
São palavras que apresentam, entre si, sentidos opostos, contrários.
bom x mau
bem x mal
condenar x absolver
simplificar x complicar
HOMÔNIMOS
São palavras iguais na forma e diferentes na significação. Há três tipos de homônimos:
HOMÔNIMOS PERFEITOS
Têm a mesma grafia e o mesmo som.
cedo (advérbio) e cedo (verbo ceder);
meio (numeral), meio (adjetivo) e meio (substantivo).
HOMÔNIMOS HOMÓFONOS
Têm o mesmo som e grafias diferentes.
sessão (reunião), seção (repartição) e cessão (ato de ceder);
concerto (harmonia) e conserto (remendo).
HOMÔNIMOS HOMÓGRAFOS
Têm a mesma grafia e sons diferentes.
almoço (refeição) e almoço (verbo almoçar);
sede (vontade de beber) e sede (residência).
PARÔNIMOS
São palavras de significação diferente, mas de forma parecida, semelhante.
retificar e ratificar;
emergir e imergir.
Eis uma lista com alguns homônimos e parônimos:
acender = atear fogo
ascender = subir
acerca de = a respeito de, sobre
cerca de = aproximadamente
há cerca de = faz aproximadamente
afim = semelhante, com afinidade
a fim de = com a finalidade de
amoral = indiferente à moral
imoral = contra a moral, libertino, devasso
apreçar = marcar o preço
apressar = acelerar
arrear = pôr arreios
arriar = abaixar
bucho = estômago de ruminantes
buxo = arbusto ornamental
caçar = abater a caça
cassar = anular
cela = aposento
sela = arreio
censo = recenseamento
senso = juízo
cessão = ato de doar
seção ou secção = corte, divisão
sessão = reunião
chá = bebida
xá = título de soberano no Oriente
chalé = casa campestre
xale = cobertura para os ombros
cheque = ordem de pagamento
xeque = lance do jogo de xadrez
comprimento = extensão
cumprimento = saudação
concertar = harmonizar, combinar
consertar = remendar, reparar
conjetura = suposição, hipótese
conjuntura = situação, circunstância
infligir = aplicar pena ou castigo
infringir = transgredir, violar, desrespeitar
intemerato = puro, íntegro, incorrupto
intimorato = destemido, valente, corajoso
intercessão = súplica, rogo
interse(c)ção = ponto de encontro de duas linhas
laço = laçada
lasso = cansado, frouxo
ratificar = confirmar
retificar = corrigir
soar = produzir som
coser = costurar
cozer = cozinhar
deferir = conceder
diferir = adiar
descrição = representação
discrição = ato de ser discreto
descriminar = inocentar
discriminar = diferençar, distinguir
despensa = compartimento
dispensa = desobrigação
despercebido = sem atenção, desatento
desapercebido = desprevenido
discente = relativo a alunos
docente = relativo a professores
emergir = vir à tona
imergir = mergulhar
emigrante = o que sai
imigrante = o que entra
eminente = nobre, alto, excelente
iminente = prestes a acontecer
esperto = ativo, inteligente, vivo
experto = perito, entendido
espiar = olhar sorrateiramente
expiar = sofrer pena ou castigo
estada = permanência de pessoa
estadia = permanência de veículo
flagrante = evidente
fragrante = aromático
fúsil = que se pode fundir
fuzil = carabina
fusível = resistência de fusibilidade calibrada
incerto = duvidoso
inserto = inserido, incluso
incipiente = iniciante
insipiente = ignorante
indefesso = incansável
indefeso = sem defesa
suar = transpirar
sortir = abastecer
surtir = originar
sustar = suspender
suster = sustentar
tacha = brocha, pequeno prego
taxa = tributo
tachar = censurar, notar defeito em
taxar = estabelecer o preço
vultoso = volumoso
vultuoso = atacado de vultuosidade

Pronome

Pronome é a palavra variável em gênero, número e pessoa que substitui ou acompanha o nome, indicando-o como pessoa do discurso. Quando o pronomesubstituir um substantivo, será denominado pronome substantivo; quando acompanhar um substantivo, será denominado pronome adjetivo. Por exemplo, na frase Aqueles garotos estudam bastante;eles serão aprovados com louvor. Aqueles é um pronome adjetivo, pois acompanha o substantivo garotos e eles é um pronome substantivo, pois substitui o mesmosubstantivo.
a) Pronomes adjetivos - quando acompanham um substantivo:
Meus amigos adoram esta casa.
b) Pronomes substantivos - quando representam um substantivo:
Alguns se julgam melhores que outros.

Pronomes Pessoais

Os pronomes pessoais são aqueles que indicam uma das três pessoas do discurso: a que fala, a com quem se fala e a de quem se fala.
Pronomes pessoais do caso reto
Pronomes pessoais do caso reto são os que desempenham a função sintática de sujeito da oração. São os pronomes eu, tu, ele, ela, nós, vós eles, elas.
Pronomes pessoais do caso oblíquo
São os que desempenham a função sintática de complemento verbal (objeto direto ou indireto), complemento nominal, agente da passiva, adjunto adverbial, adjunto adnominal ou sujeito acusativo (sujeito de oração reduzida).
Os pronomes pessoais do caso oblíquo se subdividem em dois tipos: os átonos, que não são antecedidos por preposição, e os tônicos, precedidos por preposição.
Pronomes oblíquos átonos
Os pronomes oblíquos átonos são os seguintes: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes.
Pronomes oblíquos tônicos
Os pronomes oblíquos tônicos são os seguintes: mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, si, consigo, nós, conosco, vós, convosco, eles, elas.
Usos dos Pronomes Pessoais
Eu, tu / Mim, ti
Eu e tu exercem a função sintática de sujeito. Mim e ti exercem a função sintática de complemento verbal ou nominal, agente da passiva ou adjunto adverbial e sempre são precedidos de preposição.
Ex.
·         Trouxeram aquela encomenda para mim.
·         Era para eu conversar com o diretor, mas não houve condições.
Agora, observe a oração Sei que não será fácil para mim conseguir o empréstimo. O pronome mim NÃO é sujeito do verbo conseguir, como à primeira vista possa parecer. Analisando mais detalhadamente, teremos o seguinte:
O sujeito do verbo ser é a oração conseguir o empréstimo, pois que não será fácil?
resposta: conseguir o empréstimo, portanto há uma oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo, que é a oração que funciona como sujeito, tendo o verbo no infinitivo.
O verbo ser é verbo de ligação, portanto fácil é predicativo do sujeito.
O adjetivo fácil exige um complemento, pois conseguir o empréstimo não será fácil para quem?
resposta:
 para mim, que funciona como complemento nominal. Ademais a ordem direta da oração é esta: Conseguir o empréstimo não será fácil para mim.
Se, si, consigo
Se, si, consigo são pronomes reflexivos ou recíprocos, portanto só poderão ser usados na voz reflexiva ou na voz reflexiva recíproca.
Ex.
·         Quem não se cuida, acaba ficando doente.
·         Quem só pensa em si, acaba ficando sozinho.
·         Gilberto trouxe consigo os três irmãos.
Com nós, com vós / Conosco, convosco
Usa-se com nós ou com vós, quando, à frente, surgir qualquer palavra que indique quem "somos nós" ou quem "sois vós".
Ex.
·         Ele conversou com nós todos a respeito de seus problemas.
·         Ele disse que sairia com nós dois.
Dele, do + subst. / De ele, de o + subst.
Quando os pronomes pessoais ele(s), ela(s), ou qualquer substantivo, funcionarem como sujeito, não devem ser aglutinados com a preposição de.
Ex.
·         É chegada a hora de ele assumir a responsabilidade.
·         No momento de o orador discursar, faltou-lhe a palavra.
Pronomes Oblíquos Átonos
Os pronomes oblíquos átonos são me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os as, lhes. Eles podem exercer diversas funções sintáticas nas orações. São elas:
A) Objeto Direto
Os pronomes que funcionam como objeto direto são me, te, se, o, a, nos, vos, os, as.
Ex.
·         Quando encontrar seu material, traga-o até mim.
·         Respeite-me, garoto.
·         Levar-te-ei a São Paulo amanhã.
Notas:
01) Se o verbo for terminado em M, ÃO ou ÕE, os pronomes o, a, os, as se transformarão em no, na, nos, nas.
Ex.
·         Quando encontrarem o material, tragam-no até mim.
·         Os sapatos, põe-nos fora, para aliviar a dor.
02) Se o verbo terminar em R, S ou Z, essas terminações serão retiradas, e os pronomes o, a, os, as mudarão para lo, la, los, las.
Ex.
·         Quando encontrarem as apostilas, deverão trazê-las até mim.
·         As apostilas, tu perde-las toda semana. (Pronuncia-se pérde-las)
·         As garotas ingênuas, o conquistador sedu-las com facilidade.
03) Independentemente da predicação verbal, se o verbo terminar em mos, seguido de nosou de vos, retira-se a terminação -s.
Ex.
·         Encontramo-nos ontem à noite.
·         Recolhemo-nos cedo todos os dias.
04) Se o verbo for transitivo indireto terminado em s, seguido de lhe, lhes, não se retira a terminação s.
Ex.
·         Obedecemos-lhe cegamente.
·         Tu obedeces-lhe?
B) Objeto Indireto
Os pronomes que funcionam como objeto indireto são me, te, se, lhe, nos, vos, lhes.
Ex.
·         Traga-me as apostilas, quando as encontrar.
·         Obedecemos-lhe cegamente.
C) Adjunto adnominal
Os pronomes que funcionam como adjunto adnominal são me, te, lhe, nos, vos, lhes, quando indicarem posse (algo de alguém).
Ex.
·         Quando Clodoaldo morreu, Soraia recebeu-lhe a herança. (a herança dele)
·         Roubaram-me os documentos. (os documentos de alguém - meus)
D) Complemento nominal
Os pronomes que funcionam como complemento nominal são me, te, lhe, nos, vos, lhes, quando complementarem o sentido de adjetivos, advérbios ou substantivos abstratos. (algo a alguém, não provindo a preposição de um verbo).
Ex.
·         Tenha-me respeito. (respeito a alguém)
·         É-me difícil suportar tanta dor. (difícil a alguém)
D) Sujeito acusativo
Os pronomes que funcionam como sujeito acusativo são me, te, se, o, a, nos, vos, os, as, quando estiverem em um período composto formado pelos verbos fazer, mandar, ver, deixar, sentir ou ouvir, e um verbo no infinitivo ou no gerúndio.
Ex.
·         Deixei-a entrar atrasada.
·         Mandaram-me conversar com o diretor.

Pronome Relativo Qual

Este pronome tem o mesmo valor de que e de quem.
É sempre antecedido de artigo, que concorda com o elemento antecedente, ficando o qual, a qual, os quais, as quais.
Se a preposição que anteceder o pronome relativo possuir duas ou mais sílabas, só poderemos usar o pronome qual, e não queou quem. Então só se pode dizer O juiz perante o qual testemunhei. Osassuntos sobre os quais conversamos, e não O juiz perante quem testemunhei nem: Os assuntos sobre que conversamos.
Outro exemplo:
Meu irmão comprou o restaurante. Eu falei a você sobre o restaurante.
·         Substantivo repetido = restaurante
·         Colocação do pronome após o substantivo = Meu irmão comprou o restaurante que ...
·         Restante da outra oração = ... eu falei a você.
·         Junção de tudo = Meu irmão comprou o restaurante que eu falei a você. Observe que o verbo falar, na oração apresentada, foi usado com a preposiçãosobre, que deverá ser anteposta aopronome relativo: Meu irmão comprou o restaurante sobre que eu falei a você. Como a preposição sobre possui duas sílabas, não se pode usar o pronome que, e sim o qual, ficando, então,
Meu irmão comprou o restaurante sobre o qual eu falei a você.

Pronome Relativo Que

Este pronome deve ser utilizado com o intuito de substituir um substantivo (pessoa ou "coisa"), evitando sua repetição. Na montagem do período, deve-se colocá-lo imediatamente após o substantivo repetido, que passará a ser chamado de elemento antecedente.
Por exemplo, nas orações Roubaram a peça. A peça era rara no Brasil há o substantivo peça repetido. Pode-se usar o pronome relativo que e, assim, evitar a repetição de peça. O pronome será colocado após o substantivo. Então teremos Roubaram a peça que... . Este que está no lugar da palavra peça da outra oração. Deve-se, agora, terminar a outra oração: ...era rara no Brasil, ficando
Roubaram a peça que era rara no Brasil.
Pode-se, também, iniciar o período pela outra oração, colocando o pronome após o substantivo. Então, tem-se A peça que... Este que está no lugar da palavra peça da outra oração. Deve-se, agora, terminar a outra oração: ...roubaram, ficando A peça que roubaram... . Finalmente, conclui-se a oração que se havia iniciado: ...era rara no Brasil, ficando
A peça que roubaram era rara no Brasil.
Outros exemplos:
01) Encontrei o garoto. Você estava procurando o garoto.
·         Substantivo repetido = garoto
·         Colocação do pronome após o substantivo = Encontrei o garoto que ...
·         Restante da outra oração = ... você estava procurando.
·         Junção de tudo = Encontrei o garoto que você estava procurando.
Começando pela outra oração:
·         Colocação do pronome após o substantivo = Você estava procurando o garoto que ...
·         Restante da outra oração = ... encontrei
·         Junção de tudo = Você estava procurando o garoto que encontrei.
02) Eu vi o rapaz. O rapaz era seu amigo.
·         Substantivo repetido = rapaz
·         Colocação do pronome após o substantivo = Eu vi o rapaz que ...
·         Restante da outra oração = ... era seu amigo.
·         Junção de tudo = Eu vi o rapaz que era seu amigo.
Começando pela outra oração:
·         Colocação do pronome após o substantivo = O rapaz que ...
·         Restante da outra oração = ... eu vi ...
·         Finalização da oração que se havia iniciado = ... era seu amigo
·         Junção de tudo = O rapaz que eu vi era seu amigo.
03) Nós assistimos ao filme. Vocês perderam o filme.
·         Substantivo repetido = filme
·         Colocação do pronome após o substantivo = Nós assistimos ao filme que ...
·         Restante da outra oração = ... vocês perderam.
·         Junção de tudo = Nós assistimos ao filme que vocês perderam.
Começando pela outra oração:
·         Colocação do pronome após o substantivo = Vocês perderam o filme que ...
·         Restante da outra oração = ... nós assistimos
·         Junção de tudo = Vocês perderam o filme que nós assistimos.
Observe que, nesse último exemplo, a junção de tudo ficou incompleta, pois a primeira oração é Nós assistimos ao filme, porém, na junção, a prep. desapareceu. Portanto o período está inadequado gramaticalmente. A explicação é a seguinte: Quando o verbo do restante da outra oração exigir preposição, deve-se colocá-la antes do pronome relativo. Então teremos:
Vocês perderam o filme a que nós assistimos.
04) O gerente precisa dos documentos. O assessor encontrou os documentos
·         Substantivo repetido = documentos
·         Colocação do pronome após o substantivo = O gerente precisa dos documentos que
·         Restante da outra oração = ... o assessor encontrou
·         Junção de tudo = O gerente precisa dos documentos que o assessor encontrou.
Começando pela outra oração:
·         Colocação do pronome após o substantivo = O assessor encontrou os documentos que ...
·         Restante da outra oração = ... o gerente precisa.
·         O verbo precisar está usado com a prep. de, portanto ela será colocada antes do pronomerelativo.
·         Junção de tudo = O assessor encontrou os documentos de que o gerente precisa.
Obs: O pronome que pode ser substituído por o qual, a qual, os quais e as quais sempre. O gênero e o número são de acordo com o substantivo substituído.
Os exemplos apresentados ficarão, então, assim, com o que substituído por qual:
·         Encontrei o livro o qual você estava procurando. Você estava procurando o livro o qualencontrei.
·         Eu vi o rapaz o qual é seu amigo. O rapaz o qual vi é seu amigo.
·         Nós assistimos ao filme o qual vocês perderam. Vocês perderam o filme ao qual nósassistimos.
·         O gerente precisa dos documentos os quais o assessor encontrou. O assessor encontrou osdocumentos dos quais o gerente precisa.
Obs: Todos os pronomes relativos iniciam Oração Subordinada Adjetiva, portanto todos os períodos apresentados contêm oração subordinada adjetiva.

Pronome Relativo Quanto

Este pronome é sempre antecedido detudo, todos ou todas, concordando com esses elementos (quanto, quantos, quantas).
Exemplo:
Fale tudo quanto quiser falar.
Traga todos quantos quiser trazer.
Beba todas quantas quiser beber.

Pronome Relativo Onde

Este pronome tem o mesmo valor de em que.
Sempre indica lugar, por isso funciona sintaticamente como Adjunto Adverbial de Lugar.
Se a preposição em for substituída pela prep. ou pela prep. de, substituiremosonde por aonde e donde, respectivamente. Por exemplo: O sítio aonde fui é aprazível. A cidade donde vim fica longe.
Será Pronome Relativo Indefinido, quando puder ser subtituído por O lugar em que. Por exemplo na frase Eu nasci onde você nasceu. = Eu nasci no lugar em que você nasceu.
Outro exemplo:
Eu conheço a cidade. Sua sobrinha mora na cidade.
·         Substantivo repetido = cidade
·         Colocação do pronome após o substantivo = Eu conheço a cidade que...
·         Restante da outra oração = ... sua sobrinha mora.
·         Junção de tudo = Eu conheço a cidade que sua sobrinha mora. O verbo morarexige a prep. em, pois quem mora, mora em algum lugar. Então:
Eu conheço a cidade em que sua sobrinha mora.
Eu conheço a cidade na qual sua sobrinha mora.
Eu conheço a cidade onde sua sobrinha mora.

Pronome Relativo Cujo

Este pronome indica posse (algo de alguém).
Na montagem do período, deve-se colocá-lo entre o possuidor e o possuído (alguém cujo algo)
Por exemplo nas orações Antipatizei com o rapaz. Você conhece a namorada do rapaz. O substantivo repetido rapaz possuinamorada. Deveremos, então usar o pronome relativo cujo, que será colocado entre o possuidor e o possuído: Algo de alguém = Alguém cujo algo. Então, tem-sea namorada do rapaz = o rapaz cujo a namorada. Não se pode, porém, usar artigo (o, a, os, as) depois de cujo. Ele deverá contrair-se com o pronome, ficando: cujo + o = cujo; cujo + a = cuja; cujo + os = cujos; cujo + as = cujas. Então a frase ficará o rapaz cuja namorada. Somando as duas orações, tem-se
Antipatizei com o rapaz cuja namorada você conhece.
Outros exemplos:
01) A árvore foi derrubada. Os frutos da árvore são venenosos.
·         Substantivo repetido = árvore - o substantivo repetido possui algo.
·         Algo de alguém = Alguém cujo algo: os frutos da árvore = a árvore cujos frutos. Somando as duas orações, tem-se
·         A árvore cujos frutos são venenosos foi derrubada.
Começando pela outra oração:
·         Colocação do pronome que após o substantivo = Os frutos da árvore que ...
·         Restante da outra oração = ... foi derrubada ...
·         Finalização da oração que se havia iniciado = ... são venenosos
·         Junção de tudo = Os frutos da árvore que foi derrubada são venenosos.
02) O artista morreu ontem. Eu falara da obra do artista.
·         Substantivo repetido = artista - o substantivo repetido possui algo.
·         Algo de alguém = Alguém cujo algo: a obra do artista = o artista cuja obra. Somando as duas orações, tem-se
O artista cuja obra eu falara morreu ontem.
Observe que, nesse último exemplo, a junção de tudo ficou incompleta, pois a segunda oração é Eu falara da obra do artista, porém, na junção, a prep. de desapareceu. Portanto o período está inadequado gramaticalmente. A explicação é a seguinte: Quando o verbo da oração subordinada adjetiva exigir preposição, deve-se colocá-la antes do pronome relativo. Então, tem-se: O artista de cuja obra eu falara morreu ontem.
03) As pessoas estão presas. Eu acreditei nas palavras das pessoas.
·         Substantivo repetido = pessoas - o substantivo repetido possui algo.
·         Algo de alguém = Alguém cujo algo: as palavras das pessoas = as pessoas cujas palavras.
Somando as duas orações, tem-se
As pessoas cujas palavras acreditei estão presas.
O verbo acreditar está usado com a prep. em, portanto ela será colocada antes do pronome relativo. As pessoas em cujas palavras acreditei estão presas.
Começando pela outra oração:
·         Colocação do pronome que após o substantivo = Eu acreditei nas palavras das pessoas que...
·         Restante da outra oração = ... estão presas
·         Junção de tudo = Eu acreditei nas palavras das pessoas que estão presas.
Obs: Todos os pronomes relativos iniciam Oração Subordinada Adjetiva, portanto todos os períodos apresentados contêm oração subordinada adjetiva.

Dicas para provas de Língua Portuguesa


As questões de Língua Portuguesa contribuem para  alimentar  a angústia que acompanha os pretendentes às vagas. O suspense paira no ar... como será a prova de Português?  Muitos crêem que  a falta de domínio da temida gramática normativa (conjunto de regras que organiza as línguas humanas), impedindo até a resolução  de questões específicas de linguagem e a eventual ausência de clareza nos enunciados, sombreando-lhes o objetivo, são as responsáveis pela imagem negativa  que se cria em torno da prova de Língua Portuguesa.
Há certos equívocos nos conceitos de competência lingüística; é consenso da maioria dos falantes que saber Português é conhecer os fatos gramaticais, o  conjunto de regras ideal,à qual damos o nome de língua padrão, ou de norma culta. Muitas vezes nos sentimos inseguros nas situações em que a chamada língua padrão é exigida nas provas escolares, nos concursos públicos, nos discursos oficiais, nas falas em público etc.
Considera-se um entrave aos candidatos a ausência de referências bibliográficas, o que impede conhecer a postura da banca com relação à gramática abordada: gramática contemporânea de Evanildo Bechara, Cunha & Cintra, Rocha Lima;  gramática ortodoxa de Napoleão Mendes de Almeida ou de  outros puristas da língua.
Em se tratando de questões ligadas à área de compreensão e interpretação de texto, a preferência da banca é por  textos dissertativos, versando sobre temas da atualidade e, de preferência, ligados a  assuntos pertinentes ao concurso, predominando a linguagem denotativa sobre a conotativa, ou seja, o sentido real sobre o figurado. Destarte, grande parte das questões refere-se à compreensão de texto e não à interpretação subjetiva , isto é, pretende-se que o candidato compreenda as idéias do autor (o que realmente está escrito) sem corrompê-las.  A compreensão de um texto está ligada ao domínio do vocabulário, da idéia básica. A não identificação das palavras-chaves pode impedir a compreensão do sentido geral do texto. É  necessário considerar as pistas contextuais, para solucionar as questões ligadas ao conhecimento lexical.
Há outro tipo de questão que não avalia apenas as idéias contidas no texto, mas  exige conhecimentos de sintaxe (coordenação, subordinação, concordância, regência), de semântica (significado das palavras) , de lógica (coerência)e de concatenação entre as partes (coesão). O candidato, após a leitura atenta do enunciado , deverá demonstrar, nesse tipo de questão, sua capacidade de perceber: argumentação, seqüência lógica, seqüência sintático-semântica, coerência entre o enunciado e as alternativas propostas. No âmbito da compreensão textual, ainda pode ser solicitada a melhor paráfrase, ou seja, a reafirmação em palavras diferentes da idéia central de um fragmento do texto. Na paráfrase o texto é recontado com palavras próprias, é quase uma tradução; não deve ser confundida com o resumo que condensa as idéias contidas no texto sem conclusões pessoais.
Em relação às questões gramaticais, os registros sistemáticos dos fatos lingüísticos e a estruturação de períodos  podem ser encontrados nos diferentes livros que tratam de lingüística textual e nas gramáticas normativas da Língua Portuguesa. Para melhor entender os estudos gramaticais, a Gramática Normativa, segundo Domingos Paschoal Cegalla,em sua obra Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, divide-se em cinco partes distintas:

Fonética

Que estuda os sons da fala. Considera a palavra sob o aspecto sonoro e trata dos fonemas (como se produzem, classificam e agrupam); da pronúncia correta  das palavras, ou seja, da correta emissão e articulação dos fonemas (ortoepia); da exata acentuação tônica das palavras (prosódia); da figuração gráfica dos fonemas ou a escrita correta das palavras(ortografia).

Morfologia

Que se ocupa das diversas classes de palavras, isoladamente, analisando-lhes a estrutura, a formação, as flexões e as propriedades.

Sintaxe

Que tem como objetivo estudar as palavras associadas na frase. Examina a função das palavras e das orações no período (análise sintática); as relações de dependência das palavras na oração, sob o aspecto da subordinação (sintaxe de regência); as relações de dependência das palavras sob o ângulo da flexão (sintaxe da concordância); a disposição ou ordem das palavras e das orações no período (sintaxe da colocação).

Semântica

Que tem como objetivo o estudo da significação das palavras. Pode ser descritiva ou histórica. A semântica descritiva estuda a significação atual das palavras; a histórica se ocupa com a evolução do sentido das palavras através do tempo. À Gramática Normativa só interessa a semântica descritiva.

Estilística

Que trata, essencialmente, do estilo, ou seja, dos diversos processos expressivos próprios para sugestionar, despertar o sentimento estético e a emoção. Esses processos resumem-se no que chamamos de figuras de linguagem. A estilística visa ao lado estético e emocional da atividade lingüística.
Não menos importante, a pontuação  tem presença obrigatória nos concursos.  Algumas dicas para o emprego da vírgula:   não separar os termos essenciais da oração (sujeito, predicado, complementos) com vírgula. Se houver elemento intercalado, por exemplo o adjunto adverbial, deve-se usar as duas vírgulas ou nenhuma. As orações subordinadas antecipadas (OS + OP) devem vir sempre separadas por vírgula da mesma forma ocorre com as orações reduzidas.
Quando o assunto é estruturação sintática, ficar atento ao paralelismo sintático-semântico , há que se verificar os aspectos ligados à concordância, lembrando sempre que o verbo concorda em número e pessoa com o sujeito que pode estar anteposto ou posposto a ele. Em se tratando de verbos impessoais, como haver (=existir) e fazer (na indicação de tempo) ,  não se flexionam. Na concordância dos nomes, o adjetivo concorda com o substantivo em gênero e número. São sempre invariáveis: pseudo, alerta, menos, meio (= um pouco), a olhos vistos, haja vista, de modo que, de maneira que. Variam normalmente: mesmo, próprio, obrigado, quite, leso, anexo, incluso, nenhum, bastante(s) (=muitos), só (=sozinhos), meio(=metade).   Se o assunto é regência verbal, há que se perguntar ao verbo que preposição é exigida por ele, por exemplo: quem simpatiza, simpatiza com, Os pronomes relativos vêm acompanhados de preposição dependendo da regência do verbo. A ocorrência da crase está ligada à regência. O acento grave indicativo da crase pode ser identificado na substituição do À por para a(s), pela(s), com a(s), na(s), da(s), ao(s); àquele (a), àquilo (= a este (a), a isto); à que (= aquela que).
Não ocorre crase diante de palavras masculinas, de verbos, de palavras repetidas, de pronomes em geral.,de a(sing) + palavra  no plural.
Para  se ter sucesso na resolução de questões, deve-se ler duas vezes o comando da questão para saber realmente o que se pede. Destacar com caneta-marca-texto as palavras-chave dos enunciados, para não se contradizer . Ficar tranqüilo , confiante concentrado na prova são dados imprescindíveis para a conquista da almejada vaga.
Boa Sorte!

Advérbio

É uma palavra que modifica (que se refere) a um [[verbo]], a um [[adjetivo]], a um outro [[advérbio]].
A maioria dos advérbios modifica o verbo, ao qual acrescenta uma circunstância. Só os de intensidade é que podem também modificar adjetivos e advérbios.
·         Mora muito longe. (muito = modifica o advérbio longe).
·         Sairei cedo para alcançar os excursionistas (cedo = modifica o verbo sairei).
·         Eram exercícios bem difíceis (bem = modifica o adjetivo difíceis).
Classificação Dos Advérbios
1º) De Afirmação: sim, certamente, deveras, realmente, incontestavelmente, efetivamente.
2º)
 De Dúvida: talvez, quiçá, acaso, porventura, provavelmente, decerto, certo.
3º)
 De Intensidade: muito, mui, pouco, assaz, bastante, mais, menos, tão, demasiado, meio, todo, completamente, profundamente, demasiadamente, excessivamente, demais, nada, ligeiramente, levemente, quão, quanto, bem, mas, quase, apenas, como.
4º)
 De Lugar: abaixo, acima, acolá, cá, lá, aqui, ali, aí, além, algures, aquém, alhures, nenhures, atrás, fora, afora, dentro, longe, adiante, diante, onde, avante, através, defronte, aonde, donde, detrás.
5º)
 De Modo: bem, mal, assim, depressa, devagar, como, adrede, debalde, melhor, pior, aliás, calmamente, livremente, propositadamente, selvagemente, e quase todos os advérbios terminados em "mente".
6º)
 De Negação: não, absolutamente.
7º)
 De Tempo: agora, hoje, amanhã, depois, ontem, anteontem, já, sempre, amiúde, nunca, jamais, ainda, logo, antes, cedo, tarde, ora, afinal, outrora, então, breve, aqui, nisto, aí, entrementes, brevemente, imediatamente, raramente, finalmente, comumente, presentemente, etc.
Há ainda advérbios interrogativos: onde? aonde? quando? como? por quê?: Onde estão eles? Quando sairão? Como viajaram? Por que não telefonaram?
Locuções Adverbiais
São duas ou mais palavras com função de advérbio: às tontas, às claras, às pressas, às ocultas, à toa, de vez em quando, de quando em quando, de propósito, às vezes, ao acaso, ao léu, de repente, de chofre, a olhos vistos, de cor, de improviso, em breve, por atacado, em cima, por trás, para trás, de perto, sem dúvida, passo a passo, etc.

Formação das Palavras

Para analisar a formação de uma palavra, deve-se procurar a origem dela. Caso seja formada por apenas um radical, diremos que foi formada por derivação; por dois ou mais radicais, composição. São os seguintes os processos de formação de palavras:Derivação: Formação de novas palavras a partir de apenas um radical.
Derivação Prefixal
Acréscimo de um prefixo à palavra primitiva; também chamado de prefixação.
Por exemplo: 
antepasto, reescrever, infeliz.
Derivação Sufixal
Acréscimo de um sufixo à palavra primitiva; também chamado de sufixação. 
Por exemplo: feliz
mente, igualdade, florescer.
Derivação Prefixal e Sufixal
Acréscimo de um prefixo e de um sufixo, em tempos diferentes; também chamado deprefixação e sufixação.
Por exemplo: 
infelizmente, desigualdade, reflorescer.
Derivação Parassintética
Acréscimo de um prefixo e de um sufixo, simultaneamente; também chamado deparassíntese. 
Por exemplo: 
envernizar, enrijecer, anoitecer.
Obs.: A maneira mais fácil de se estabelecer a diferença entre Derivação Prefixal e Sufixal e Derivação Parassintética é a seguinte: retira-se o prefixo; se a palavra que sobrou existir, será Der. Pref. e Suf.; caso contrário, retira-se, agora, o sufixo; se a palavra que sobrou existir, será Der. Pref. e Suf.; caso contrário, será Der. Parassintética. Por exemplo, retire o prefixo de envernizar: não existe a palavra vernizar; agora, retire o sufixo: também não existe a palavra enverniz. Portanto, a palavra foi formada por Parassíntese.
Derivação Regressiva
É a retirada da parte final da palavra primitiva, obtendo, por essa redução, a palavra derivada. 
Por exemplo: do verbo 
debater, retira-se a desinência de infinitivo -r: formou-se o substantivo debate.
Derivação Imprópria
É a formação de uma nova palavra pela mudança de classe gramatical. Por exemplo: a palavra gelo é um substantivo, mas pode ser transformada em um adjetivo: camisa gelo.
Composição
Formação de novas palavras a partir de dois ou mais radicais.
Composição por justaposição
Na união, os radicais não sofrem qualquer alteração em sua estrutura. Por exemplo: ao se unirem os radicais ponta e , obtém-se a palavra pontapé. O mesmo ocorre commandachuva, passatempo, guarda-pó.
Composição por aglutinação
Na união, pelo menos um dos radicais sofre alteração em sua estrutura. Por exemplo: ao se unirem os radicais água e ardente, obtém-se a palavra aguardente, com o desaparecimento do a. O mesmo acontece com embora (em boa hora), planalto (plano alto).
Hibridismo
É a formação de novas palavras a partir da união de radicais de idiomas diferentes. 
Por exemplo: 
automóvel, sociologia, sambódromo, burocracia.
Onomatopéia
Consiste em criar palavras, tentando imitar sons da natureza. Por exemplo: zunzum, cricri, tiquetaque, pingue-pongue.
Abreviação Vocabular
Consiste na eliminação de um segmento da palavra, a fim de se obter uma forma mais curta. 
Por exemplo: de 
extraordinário forma-se extra; de telefone, fone; de fotografia, foto; decinematografia, cinema ou cine.
Siglas
As siglas são formadas pela combinação das letras iniciais de uma seqüência de palavras que constitui um nome.
Por exemplo: 
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística); IPTU (Imposto Predial, Territorial e Urbano).
Neologismo semântico
Forma-se uma palavra por neologismo semântico, quando se dá um novo significado, somado ao que já existe. 
Por exemplo, a palavra 
legal significa dentro da lei; a esse significado somamos outro:pessoa boa, pessoa legal.
Empréstimo lingüístico
É o aportuguesamento de palavras estrangeiras; se a grafia da palavra não se modifica, ela deve ser
escrita entre aspas. Por exemplo: estresse, estande, futebol, bife, "show", xampu, "shopping center".

Onde / Aonde

Desde logo devo esclarecer ao Terêncio Bertolini, de SP, que na fala pouco se faz distinção entre onde e aonde - a diferença de pronúncia é pequena, então não se costuma reparar muito nisso. Aliás, na língua clássica essa distinção não existia. Mas como o leitor manifesta sua vontade de saber sobre "o emprego correto dos dois vocábulos" - certamente porque tem na língua escrita sua ferramenta de trabalho - , vamos lá.
Onde = lugar em que/ em que (lugar). Indica permanência, o lugar em que se está ou em que se passa algum fato. Complementa verbos que exprimem estado ou permanência e que normalmente pedem a preposição em:
·         Onde estás? - Em casa.
·         Você sabe onde fica o Sudão? - Na África.
·         Onde moram os sem-terra?
·         Não entendo onde ele estava com a cabeça quando falou isso.
·         De onde você está falando?
·         Não sei onde me apresentar nem a quem me dirigir.
Aonde = a que lugar. É a combinação da preposição a + onde. Indica movimento paraalgum lugar. Dá idéia de aproximação. É usado com os verbos ir, chegar, retornar e outros que pedem a preposição a. Exemplos:
·         Aonde você vai todo dia às 9 horas? - A Brusque.
·         Sabes aonde eles foram? - Ao cinema.
·         A mulher do século 21 sabe muito bem aonde quer chegar.
·         Não sei aonde ou a quem me dirijo.
·         Aonde nos levará tamanha discussão?
·         Faz três dias que saiu do Incor, aonde deverá retornar brevemente para uma revisão.
·         Estavam à deriva, sem saber aonde ir.
·         Há lugares no universo aonde não se vai sozinho.
É preciso atentar para a colocação desses termos quando complementam uma locução verbal com o verbo auxiliar ir, que pode confundir o redator. O que interessa observar é o verbo que tem ligação com onde/aonde, qual seja, o verbo principal (o que vem por último). É o caso desta frase, retirada da revista ISTOÉ:
·         Na terça-feira, antes de viajar para Madri, onde foi receber o prêmio "Príncipe de Astúrias", o presidente Fernando Henrique Cardoso estava preocupado com a retomada da onda de violência nos Estados.
Uma frase que merece comentário à parte: Nossos produtos vão até onde (ou aonde?) você está.
Como se pode usar até a ou simplesmente até (pela questão da ambigüidade de que falei no artigo Não Tropece na Língua n.º 4), valem as duas formas:
  1. Nossos produtos vão até onde você quiser.
  2. Nossos produtos vão até aonde você quiser.
Só que, nesse caso, tão importante quanto escrever correto é escrever com estilo. Voto portanto na frase (1).

Fonte:



Acentuação

Na Língua Portuguesa, todas as palavras possuem uma sílaba tônica - a que recebe a maior inflexão de voz. Nem todas, porém, são marcadas pelo acento gráfico. O nosso estudo é exatamente este: em que palavras usar o acento agudo ou o acento circunflexo? Ainda existe o trema? Vamos às respostas.
As sílabas são subdivididas em tônicas, subtônicas e átonas.
A sílaba tônica é a mais forte da palavra. Só existe uma sílaba tônica em cada palavra.
Ex. Guara - A sílaba tônica é a última.
xi - A sílaba tônica é a penúltima.
Própolis - A sílaba tônica é a antepenúltima.
A sílaba tônica sempre se encontra em uma destas três sílabas: última, penúltima e antepenúltima.
A sílaba subtônica só existe em palavras derivadas. Coincide com a tônica da palavra primitiva.
Ex. Guaranazinho - A sílaba tônica é zi, e a subtônica, na
Taxímetro - A sílaba tônica é xí, e a subtônica, ta
Propolina - A sílaba tônica é li, e a subtônica, pro
Todas as outras são denominadas átonas.
Quando a palavra possuir uma sílaba só, será denominada monossílaba.
Os monossílabos podem ser átonos e tônicos. Os tônicos são aqueles que têm força para serem usados sozinhos em uma sílaba; os átonos, não. Portanto serão monossílabos tônicos os substantivos, os adjetivos, os advérbios, os numerais e os verbos.

Regras de Acentuação

Monossílabos Tônicos: Os monossílabos tônicos serão acentuados, quando terminarem em A, E, O, seguidos ou não de s.
Ex. pá, pás, má, más, vá, lá, já.
pé, pés, mês, rês, Zé, né?
pó, pós, dó, cós, pô!
Oxítonas: São as que têm a maior inflexão de voz na última sílaba. São acentuadas, quando terminarem em A, E, O, seguidos ou não de s, e em EM, ENS.
Ex. Corumbá, maracujás, maná, Maringá.
rapé, massapê, filé, sapé.
filó, rondó, mocotó, jiló.
amém, armazém, também, Belém.
parabéns, armazéns, nenéns.
Paroxítonas: São as que têm a maior inflexão de voz na penúltima sílaba. São acentuadas, quando terminarem em UM, UNS, L, ÊEM, PS, X, EI (s), ÃO (s), U (s), ditongo crescente(s), N, ÔO, I (s), R, Ã (s).
Ex. álbum, factótum, médiuns.
ágil, flexível, volátil.
crêem, dêem, lêem, vêem.
fórceps, bíceps, tríceps.
tórax, xérox (também pode ser 
xerox), fênix.
pônei, vôlei, jóquei.
órgão, órfãos, sótão.
ônus, bônus.
Mário, secretária.
hífen, pólen, gérmen.
vôo, côo, entôo.
táxi, júris.
fêmur, âmbar, revólver.
ímã, órfãs.
Proparoxítonas: São as que têm a maior inflexão de voz na antepenúltima sílaba. Todas as proparoxítonas são acentuadas, salvo a expressão per capita, por não pertencer à Língua Portuguesa.
Ex. síndrome, ínterim, lêvedo, lâmpada, sândalo.
Os ditongos eu, ei, oi / éu, éi, ói somente receberão acento, quando forem abertos, seguidos ou não de s.
Ex. meu, chapéu, deus, troféus.
peixe, anéis, rei, réis.
doido, estóico, foice, destrói.
As letras i e u serão acentuadas, independente da posição na palavra, quando surgirem:
Formando hiato tônico com a vogal anterior.
Sem consoante na mesma sílaba, exceto o 
s.
Sem nasalização (
til, NH e ressôo nasal).
Ex. saída, ataúde, miúdo.
sairmos, balaústre, juiz.
rainha, ruim, juízes.
Os grupos que, qui, gue, gui devem ser analisados com muito cuidado, pois podem surgir com trema, com acento agudo ou sem sinal gráfico algum. Vejamos então:
01) Quando o u for pronunciado atonamente, ou seja, quando as três letras participarem da mesma sílaba, sendo o u pronunciado, deveremos colocar trema sobre ele.
Ex. se-qüên-cia, cin-qüen-ta.
tran-qüi-lo, qüin-qüê-nio.
a-güen-tar, en-xá-güem.
ar-güi-ção, lin-güi-ça.
02) Quando o u for pronunciado tonicamente, ou seja, quando o e ou o i formarem hiato com o u, deveremos colocar acento agudo sobre o u. Isso ocorre somente com alguns verbos da Língua
Portuguesa. Vejamo-los:
Averiguar, apaziguar e obliquar: As pessoas eu, tu, ele e eles do Presente do Subjuntivo são as únicas a receberem o acento agudo.
Ex. Que eu averigúe, tu averigúes, ele averigúe, eles averigúem.
Que eu apazigúe, tu apazigúes, ele apazigúe, eles apazigúem.
Que eu obliqúe, tu obliqúes, ele obliqúe, eles obliqúem.
Significado dos verbos:
Averiguar = examinar com cuidado; verificar.
Apaziguar = pacificar, acalmar.
Obliquar = Proceder maliciosamente; caminhar obliquamente.
Argüir e redargüir: As pessoas tu, ele e eles do Presente do Indicativo são as únicas a receberem o acento agudo.
Ex. Tu argúis, ele argúi, eles argúem.
Tu redargúis, ele redargúi, eles redargúem.
Significado dos verbos:
Arqüir = acusar; censurar; argumentar; examinar, questionando ou interrogando.
Redargüir = Replicar, responder argumentando; acusar, recriminar.

Acentos Diferenciais

As únicas palavras que recebem acento para serem diferenciadas de outras são as seguintes:
ás = carta de baralho, piloto de avião.
Ex.: 
O ás é a carta mais valiosa no pôquer.
às = contração da preposição a com o artigo ou pronome a.
Ex.: 
Obedeço às regras.
as = artigo, pronome oblíquo átono ou pronome demonstrativo.
Ex.: 
As garotas aprovadas são as que estão na sala ao lado. Chame-as.
côas, côa = 2ª e 3ª pessoas do singular do presente do indicativo do verbo coar.
Eu côo, tu côas, ele côa.
coas, coa = contração da preposição com com o artigo a ou as.
Ex.: 
Ele não se encontrou coas garotas.
pára = verbo parar na terceira pessoa do singular do Presente do Indicativo.
Ex.: 
Ele não pára de conversar
Ou na segunda pessoa do singular do Imperativo Afirmativo.
Ex.: Pára com isso!
para = preposição.
Ex.: 
Estude, para seu próprio bem.
péla, pélas = bola de borracha, jogo da péla; verbo pelar (tirar a pele) na segunda e na terceira pessoas do singular do Presente do Indicativo.
Eu pélo, tu pélas, ele péla.
pela, pelas = preposição antiga per mais artigo ou pronome.
Ex.: 
Ele fugiu pela porta da diretoria.
pélo = verbo pelar.
Ex.: 
Eu pélo, tu pélas, ele péla.
pêlo, pêlos = cabelo, penugem.
Ex.: 
Arrancou-lhe os pêlos do braço.
pelo, pelos = preposição per mais artigo ou pronome.
Ex.: 
Ele fugiu pelos fundos.
pera = preposição antiga (o mesmo que para).
pêra = fruto da pereira.
Ex.: 
Comi uma pêra no almoço.
Observe que pêra só tem acento no singular.
Ex.: 
Comi umas peras no almoço.
pode = terceira pessoa do singular do Presente do Indicativo do verbo poder.
Hoje ele pode.
pôde = terceira pessoa do singular do Pretérito Perfeito do Indicativo do verbo poder. 
Ontem ele pôde.
pólo, pólos = as extremidades de um eixo; espécie de jogo.
Ex.: 
Foi campeão de pólo aquático.
pôlo, pôlos = espécie de ave.
Ex.: 
Matei dois pôlos ontem.
por = preposição.
pôr = verbo.
Ex.: 
Menino, vá pôr uma blusa, antes de sair por aí.

Artigo

Artigo é uma palavra que antepomos aos substantivos para determiná-los, indicando, ao mesmo tempo, gênero e número.
Dividem-se os artigos em: definidos: o, a, os, as e indefinidos: um, uma, uns, umas.
Os definidos determinam os substantivos de modo preciso, particular:
·         Viajei com o médico.
Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago, impreciso, geral:
·         Viajei com um médico.
Observações Sobre o Emprego do Artigo
1ª) Ambas as mãos.
Usa-se o artigo entre o numeral ambas e o substantivo.
·         Ambas as mãos são perfeitas.
2ª) Estou em Paris / Estou na famosa Paris.
Não se usa artigo antes dos nomes de cidades, a menos que venham determinados por adjetivos ou locuçõesadjetivas.
·         Vim de Paris
·         Vim dluminosa Paris.
Mas com alguns nomes de cidades conservamos o artigo.
·         Rio de Janeiro, Cairo, Porto.
Obs.: Pode ou não ocorrer crase antes dos nomes de cidade, conforme venham ou não precedidos de artigo.
·         Vou a Paris.
·         Vou à Paris dos museus.
3ª) Toda cidade / toda a cidade.
Todo, toda designam qualquer, cada.
·         Toda cidade pode concorrer (qualquer cidade).
Todo o, toda a designam totalidade, inteireza.
·         Conheci toda a cidade (a cidade inteira).
No plural, usa-se todos os, todas as, exceto antes de numeral não seguido de substantivo.
Exemplos: 
Todas as cidades vieram.
Todos os cinco clubes disputarão o título.
Todos cinco são concorrentes.
4ª) Tua decisão / a tua decisão.
De maneira geral, é facultativo o uso do artigo antes dos possessivos.
·         Aplaudimos tua decisão.
·         Aplaudimos a tua decisão.
Se o possessivo não vier seguido de substantivo explícito é obrigatória a ocorrência do artigo.
·         Aplaudiram a tua decisão e não a minha.
5ª) Decisões as mais oportunas / as mais oportunas decisões.
No superlativo relativo, não se usa o artigo antes e depois do substantivo.
·         Tomou decisões as mais oportunas.
·         Tomou as decisões mais oportunas.
É errado: Tomou as decisões as mais oportunas.
6ª) Faz uns dez anos.
O artigo indefinido, posto antes de um numeral, designa quantidade aproximada.
·         Faz uns dez anos que saí de lá.
7ª) Em um / num.
Os artigos definidos e indefinidos contraem-se com preposições:
de + o= do, de + a= da, etc.
As formas de + um e em + um podem-se usar contraídas (dum e num) ou separadas (de um, em um).
·         Estava em uma cidade grande. Estava numa cidade grande.

Vozes Verbais

Voz verbal é a flexão do verbo que indica se o sujeito pratica, ou recebe, ou pratica e recebe a ação verbal.

Voz Ativa

Quando o sujeito é agente, ou seja, pratica a ação verbal ou participa ativamente de um fato.
Ex.
·         As meninas exigiram a presença da diretora.
·         A torcida aplaudiu os jogadores.
·         O médico cometeu um erro terrível.

Voz Passiva

Quando o sujeito é paciente, ou seja, sofre a ação verbal.
A) Voz Passiva Sintética
A voz passiva sintética é formada por verbo transitivo direto, pronome se (partícula apassivadora) e sujeito paciente.
Ex.
·         Entregam-se encomendas.
·         Alugam-se casas.
·         Compram-se roupas usadas.
B) Voz Passiva Analítica
A voz passiva analítica é formada por sujeito paciente, verbo auxiliar ser ou estar, verbo principal indicador de ação no particípio - ambos formam locução verbal passiva - e agente da passiva. Veja mais detalhes aqui.
Ex.
·         As encomendas foram entregues pelo próprio diretor.
·         As casas foram alugadas pela imobiliária.
·         As roupas foram compradas por uma elegante senhora.

Voz Reflexiva

Há dois tipos de voz reflexiva:

A) Reflexiva

Será chamada simplesmente de reflexiva, quando o sujeito praticar a ação sobre si mesmo.
Ex.
·         Carla machucou-se.
·         Osbirvânio cortou-se com a faca.
·         Roberto matou-se.

B) Reflexiva recíproca

Será chamada de reflexiva recíproca, quando houver dois elementos como sujeito: um pratica a ação sobre o outro, que pratica a ação sobre o primeiro.
Ex.
·         Paula e Renato amam-se.
·         Os jovens agrediram-se durante a festa.
·         Os ônibus chocaram-se violentamente.

Passagem da ativa para a passiva e vice-versa

Para efetivar a transformação da ativa para a passiva e vice-versa, procede-se da seguinte maneira:
  1. O sujeito da voz ativa passará a ser o agente da passiva.
  2. O objeto direto da voz ativa passará a ser o sujeito da voz passiva.
  3. Na passiva, o verbo ser estará no mesmo tempo e modo do verbo transitivo direto da ativa.
  4. Na voz passiva, o verbo transitivo direto ficará no particípio.

Voz ativa

A torcida aplaudiu os jogadores.
·         Sujeito = a torcida.
·         Verbo transitivo direto = aplaudiu.
·         Objeto direto = os jogadores.

Voz passiva

Os jogadores foram aplaudidos pela torcida.
·         Sujeito = os jogadores.
·         Locução verbal passiva = foram aplaudidos.
·         Agente da passiva = pela torcida.

Emprego exaustivo de Gerúndio

“O contribuinte brasileiro está precisandoreceber um melhor tratamento das autoridades fiscais , sendo ele vítima constante de um Leão sempre descontente de sua mordida, não se sentindo a salvo e sendo sempre surpreendido por novas regras, novas alíquotas, assaltando, o seu bolso”.
Observe que, além de constituir um recurso estilístico inadequado, o gerúndio promoveambigüidade e defeitos de conexão, caso não seja empregado com propriedade.
Melhor dizer:
O contribuinte brasileiro precisa receber um melhor tratamento das autoridades fiscais. Ele é vítima constante de um Leão sempre descontente de sua mordida, Não há ano em que se sinta a salvo. É sempre surpreendido por novas regras, novas alíquotas, novos assaltos ao seu bolso.”

Importante: Mau uso do Gerúndio

Novo vício de linguagem – o gerundismo – ameaça tomar conta do nosso idioma. O motivo da discórdia é o uso do verbo “estar” , acompanhado do gerúndio, para designar uma ação no futuro, como “vou estar te ligando” ou “estaremos abrindo” Sinceramente: nossa paciência está estando a ponto de estar estourando. O próximo “Eu vou estar transferindo a sua ligação”  que eu vá estar ouvindo pode estar provocando alguma reação violenta da minha parte. Eu não vou estar me responsabilizando pelos meus atos. As pessoas precisam estar entendendo a maneira como esse vício maldito conseguiu estar entrando na linguagem do dia-a-dia”. (excerto de Ricardo Freire)

Silepse ou Concordância Irregular

Assim denominam os gramáticos a concordância "que se opera não com o termo expresso, mas com outro termo latente, isto é, oculto, mentalmente subentendido".[1]
A silepse pode ser de gênero, número oupessoa. Exemplos:
a) de gênero: Vossa Senhoria foi indicado. 
(Subentende-se tratar-se de pessoa do sexo masculino).
b) De número: Estamos ciente. 
Trata-se do chamado plural majestático; o sujeito é da primeira pessoa do plural (nós) e o predicativo é usado no singular.
c) De pessoa: Todos os professores somos responsáveis. 
(
Todos os equivale ao sujeito composto eu e os demais).
Interessa-nos, particularmente, a silepse de número, com a qual freqüentemente tropeçamos ao redigir artigos científicos. De maneira geral ficamos indecisos diante de frases como estas:
"A maior parte dos pacientes recebeu (ou receberam?) tratamento ambulatorial". 
"A maioria das reações sorológicas utilizadas possui (ou possuem?) alta sensibilidade".
 
"Um terço dos casos submeteu-se (ou submeteram-se) ao teste de esforço".
 
"Grande número de gestantes relata (ou relatam?) pirose durante a gravidez".
A concordância nos exemplos acima é facultativa; tanto pode ser com o verbo no singular, como no plural.
No caso especial de percentagem prevalece a seguinte regra: quando o partitivo estiver no plural, é indiferente usar-se o verbo no singular ou no plural. Tanto se pode dizer: "90% dos doentes evoluiu sem complicações", como "90% dos doentes evoluíram sem complicações". 
.
 
Quando, entretanto, o partitivo estiver no singular, é preferível o verbo também no singular. Ex.: "20%
 da população está contaminada".  "5% da amostra foi desprezada". Excetuam-se os casos em que há qualificação do percentual e o qualificativo se encontra no plural. Nestes casos é obrigatório o emprego do verbo no plural. Ex.: "Os restantes 5% da amostra foram desprezados".[1]

Referências


1 ALMEIDA, N.M. - Gramática metódica da língua portuguesa, 16. ed., São Paulo, 1963, p. 388. 
Modificado do livro
 Linguagem médica, 2a. ed.

Usos do porquê

Há quatro maneiras de se escrever o porquê: porquê, porque, por que e por quê. Vejamo-las:
Porquê
É um substantivo, por isso somente poderá ser utilizado, quando for precedido de artigo (o, os),
pronome adjetivo 
(meu(s), este(s), esse(s), aquele(s), quantos(s)...) ou numeral (um, dois, três,
quatro)
Ex.
• Ninguém entende o porquê de tanta confusão.
• Este porquê é um substantivo.
• Quantos porquês existem na Língua Portuguesa?
• Existem quatro porquês.
Por quê
Sempre que a palavra que estiver em final de frase, deverá receber acento, não importando qual seja o elemento que surja antes dela.
Ex.
• Ela não me ligou e nem disse por quê.
• Você está rindo de quê?
• Você veio aqui para quê?
Por que
Usa-se por que, quando houver a junção da preposição por com o pronome interrogativo que ou com o pronome relativo que. Para facilitar, dizemos que se pode substituí- lo por por qual razão, pelo qual, pela qual, pelos quais, pelas quais, por qual.
Ex.
• Por que não me disse a verdade? = por qual razão
• Gostaria de saber por que não me disse a verdade. = por qual razão
• As causas por que discuti com ele são particulares. = pelas quais
• Ester é a mulher por que vivo. = pela qual
Porque
É uma conjunção subordinativa causal ou conjunção subordinativa final ou conjunção
coordenativa explicativa, portanto estará ligando duas orações, indicando causa, explicação ou
finalidade. Para facilitar, dizemos que se pode substituí-lo por 
já que, pois ou a fim de que.
Ex.
• Não saí de casa, porque estava doente. = já que
• É uma conjunção, porque liga duas orações. = pois
• Estudem, porque aprendam. = a fim de que

Fonética

A Fonética, ou Fonologia, estuda os sons emitidos pelo ser humano, para efetivar a comunicação. Diferentemente da escrita, que conta com vogais e consoantes, a Fonética se ocupa dos fonemas (= sons); são eles as vogais, as consoantes e as semivogais.
Vogal = São as cinco já conhecidas - a, e, i, o, u -quando funcionam como base de uma sílaba. Em cada sílaba há apenas uma vogal. NUNCA HAVERÁ MAIS DO QUE UMA VOGAL EM UMA MESMA SÍLABA.
Consoante = Qualquer letra - ou conjunto de letras representando um som só - que só possa ser soada com o auxílio de uma vogal (com + soante = soa com...). Na fonética são consoantes b, d, f, g (ga, go, gu), j (ge, gi, j) k (c ou qu), l, m (antes de vogal), n (antes de vogal), p, r, s (s, c, ç, ss, sc, sç, xc), t,
v, x (inclusive ch), z (s, z), nh, lh, rr.
Semivogal = São as letras e, i, o e u quando formarem sílaba com uma vogal, antes ou depois dela, e as letras m e n, nos grupos AM, EM e EN, em final de palavra -somente em final de palavra.
Quando a semivogal possuir som de i, será representada foneticamente pela letra Y; com som de u, pela letra W.
Então teremos, por exemplo, na palavra caixeiro, que se separa silabicamente cai-xei-ro, o seguinte: 3 vogais = a, e, o; 3 consoantes = k (c), x, r; 2 semivogais = y (i, i). Representando a palavra
foneticamente, ficaremos com 
kayxeyro.
Na palavra artilheiro, ar-ti-lhei-ro, o seguinte: 4 vogais = a, i, e, o; 4 consoantes = r, t, lh, r; 1
semivogal = y (i). Foneticamente = artiĹeyro.
Na palavra viagem, vi-a-gem, 3 vogais = i, a, e; 2 consoantes = v, g; 1 semivogal = y (m).viajẽy.
M / N
As letras M e N devem ser analisadas com muito cuidado. Elas podem ser:
Consoantes = Quando estiverem no início da sílaba.
Semivogais = Quando formarem os grupos AM, EM e EN, em final de palavra - somente em final de palavra - sendo representadas foneticamente por Y ou W.
Ressôo Nasal = Quando estiverem após vogal, na mesma sílaba que ela, excetuando os três grupos acima. Indica que o M e o N não são pronunciados, apenas tornam a vogal nasal, portanto haverá duas letras (a vogal + M ou N) com um fonema só (a vogal nasal).
Por exemplo, na palavra manchem, terceira pessoa do plural do presente do subjuntivo do verbo manchar, teremos o seguinte: man-chem, 2 vogais = a, e; 2 consoantes = o 1º m, x(ch); 1 semivogal = y (o 2º m); 1 ressôo nasal = an (ã). mãxẽy.

Encontros Vocálicos

É o agrupamento de vogais e semivogais. Há três tipos de encontros vocálicos:
Hiato = É o agrupamento de duas vogais, cada uma em uma sílaba diferente.
Lu-a-na, a-fi-a-do, pi-a-da
Ditongo = É o agrupamento de uma vogal e uma semivogal, em uma mesma sílaba. Quando a vogal estiver antes da semivogal, chamaremos de Ditongo Decrescente, e, quando a vogal estiver depois da semivogal, de Ditongo Crescente. Chamaremos ainda de oral e nasal, conforme ocorrer a saída do ar pelas narinas ou pela boca.
Cai-xa = Ditongo decrescente oral.
Cin-q
üen-ta = Ditongo crescente nasal, com a ocorrência do Ressôo Nasal.
Tritongo = É o agrupamento de uma vogal e duas semivogais. Também pode ser oral ou nasal.
A-g
üei = Tritongo oral.
Á-g
üem = Tritongo nasal, com a ocorrência da semivogal m.
Além desse três, há dois outros encontros vocálicos importantes:
Iode = É o agrupamento de uma semivogal entre duas vogais. São aia, eia, oia, uia, aie,eie, oie, uie, aio, eio, oio, uio, uiu, em qualquer lugar da palavra - começo, meio ou fim. Foneticamente, ocorre duplo ditongo ou tritongo + ditongo, conforme o número de semivogais. A Iode será representada com duplo Y: ay-ya, ey-ya, representando o "y" um fonema apenas, e não dois como possa parecer. A palavra vaia, então, tem quatro letras (v - a - i - a) e quatro fonemas (v - a - y - a), sendo que o "y" pertence a duas sílabas, não havendo, no entanto, "silêncio" entre as duas no momento de pronunciar a palavra.
Vau = O mesmo que a Iode, porém com a semivogal W.
Pi-au-í = Vau, com a representação fonética Pi-aw-wi. Com o "w" ocorre o mesmo que ocorreu com o "y", ou seja, representa um fonema apenas.
Ocorrem, também, na Língua Portuguesa, encontros vocálicos que ora são pronunciados como ditongo, ora como hiato. São eles:
Sinérese = São os agrupamentos ae, ao, ea, ee, eo, ia, ie, io, oa, oe, ua, ue, uo, uu.
Ca-e-ta-no, Cae-ta-no; ge-a-da, gea-da; com-pre-en-der, com-preen-der; Na-tá-li-a, Na-tá-lia; du-e-lo, due-lo; du-un-vi-ra-to, duun-vi-ra-to.
Diérese = São os agrupamentos ai, au, ei, eu, iu, oi, ui.
re-in-te-grar, rein-te-grar; re-u-nir, reu-nir; di-u-tur-no, diu-tur-no.
Obs.: Há palavras que, mesmo contendo esses agrupamentos não sofrem sinérese ou diérese. Há que se ter bom senso, no momento de se separarem as sílabas. Nas palavras rua, tia, magoa, por exemplo, é claro que só há hiato.

Encontros Consonantais

É o agrupamento de consoantes. Há três tipos de encontros consonantais:
Encontro Consonantal Puro = É o agrupamento de consoantes, lado a lado, na mesma sílaba.
Bra-sil, pla-ne-ta, a-dre-na-li-na
Encontro Consonantal Disjunto = É o agrupamento de consoantes, lado a lado, em sílabas diferentes.
ap-to, cac-to, as-pec-to
Encontro Consonantal Fonético = É a letra x com som de ks.
Maxi, nexo, axila = maksi, nekso, aksila.
Não se esqueça de que as letras M e N pós-vocálicas não são consoantes, e sim semivogais ou simples sinais de nasalização (ressôo nasal).

Dígrafos

Dígrafo é o agrupamento de duas letras com apenas um fonema. Os principais dígrafos sãorr, ss, sc, sç, xc, xs, lh, nh, ch, qu, gu. Representam-se os dígrafos por letras maiores que as demais, exatamente para estabelecer a diferença entre uma letra e um dígrafo. Qu e gusó serão dígrafos, quando estiverem seguidos de e ou i, sem trema. Os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc e xs têm suas letras
separadas silabicamente; 
lh, nh, ch, qu, gu, não.
arroz = ar-roz - aRos;
a
ssar = as-sar - aSar;
na
scer = nas-cer - naSer;
de
o = des-ço - deSo;
e
xceção = ex-ce-ção - eSesãw;
e
xsudar = ex-su-dar - eSudar;
a
lho = a-lho - aĹo;
ba
nho = ba-nho - baÑo;
ca
cho = ca-cho - kaXo;
querida = que-ri-da - Kerida;
san
gue = san-gue - sãGe.
Dígrafo Vocálico = É o outro nome que se dá ao Ressôo Nasal, pelo fato de serem duas letras com um fonema vocálico.
sangue = san-gue - sãGe
Não confunda dígrafo com encontro consonantal, que é o encontro de consoantes, cada uma representando um fonema.

Separação Silábica

A divisão silábica deve ser feita a partir da soletração, ou seja, dando o som total das letras que formam cada sílaba, cada uma de uma vez.
Usa-se o hífen para marcar a separação silábica.
Normas para a divisão silábica:
Não se separam os ditongos e tritongos: Como ditongo é o encontro de uma vogal com uma semivogal na mesma sílaba, e tritongo, o encontro de uma vogal com duas semivogais também na mesma sílaba, é evidente que eles não se separam silabicamente. Por exemplo:
Ex. Au-las / au = ditongo decrescente oral.
Guar-da / ua = ditongo crescente oral.
A-güei / uei = tritongo oral.
Separam-se as vogais dos hiatos: Como hiato é o encontro de duas vogais em sílabas diferentes, obviamente as vogais se separam silabicamente. Cuidado, porém, com asinérese ee e uu, conforme estudamos em encontros vocálicos. Por exemplo:
Ex. Pi-a-da / ia = hiato
Ca-ir / ai = hiato
Ci-ú-me / iú = hiato
Com-pre-en-der ou com-preen-der 
(sinérese)
Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, qu, gu:
Ex. Cho-ca-lho / ch, lh = dígrafos inseparáveis.
Qui-nhão / qu, nh = dígrafos inseparáveis.
Gui-sa-do / gu = dígrafo inseparável.
Separam-se os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc e xs:
Ex. Ex-ces-so / xc, ss = dígrafos separáveis.
Flo-res-cer / sc = dígrafo separável.
Car-ro-ça / rr = dígrafo separável.
Des-ço / sç = dígrafo separável.
Separam-se os encontros consonantais impuros: Encontros consonantais impuros, ou disjuntos, são consoantes em sílabas diferentes.
Ex. Es-co-la
E-ner-gi-a
Res-to
Separam-se as vogais idênticas e os grupos consonantais cc e cç: Lembre-se de que há autores que classificam ee e uu como sinérese, ou seja, aceitam como hiato ou como ditongo essas vogais idênticas.
Ex. Ca-a-tin-ga
Re-es-tru-tu-rar
Ni-i-lis-mo
Vô-o
Du-un-vi-ra-to
Prefixos terminados em consoante:
Ligados a palavras iniciadas por consoante: Cada consoante fica em uma sílaba, pois haverá a formação de encontro consonantal impuro.
Ex. Des-te-mi-do
Trans-pa-ren-te
Hi-per-mer-ca-do
Sub-ter-râ-neo
Ligados a palavras iniciadas por vogal: A consoante do prefixo ligar-se-á à vogal da palavra.
Ex. Su-ben-ten-di-do
Tran-sal-pi-no
Hi-pe-ra-mi-go
Su-bal-ter-no

Translineação

Translineação é a mudança, na escrita, de uma linha para outra, ficando parte da palavra no final da linha superior e parte no início da linha inferior.
Regras para a translineação:
a) Não se deve deixar apenas uma letra pertencente a uma palavra no início ou no final de linha.
Por exemplo: em translineações são inadequadas as separações: "pesso-a", "a-í", samambai-a", "a-meixa", "e-tíope", "ortografi-a".
b) Não se deve, em final ou início de linha, quando a separação for efetuada, deixar formar-se palavra estranha ao contexto. Por exemplo: em translineações são inadequadas as separações: "presi-dente", "samam-baia", "quero-sene", "fa-lavam", "para-guaia".
c) Na translineação de palavras com hífen, se a partição coincide com o fim de um dos elementos, não se deve repetir o hífen na linha seguinte. Por exemplo:
pombocorreio
e não
pombo--correio.

Diferença entre Adjunto Adnominal, Aposto e Complemento Nominal

Geralmente os concursandos se veem em uma situação complexa quando há a necessidade de classificar os termos relacionados ao nome (adjunto adnominal, complemento nominal ou aposto especificador). Seguem algumas dicas.
1) Se o termo introduzido por preposição estiver ligado a adjetivo ou advérbio, será complemento nominal. Ex.: Ele era favorávelao divórcio. (favorável = adjetivo; ao divórcio = CN)
2) Se o termo introduzido por preposição estiver ligado a substantivo, poderá ser adjunto adnominal, complemento nominal ou aposto especificador.
Dicas para a identificação
1. Veja se o substantivo (núcleo) é concreto ou abstrato.
Se concreto, APOSTO ou ADJUNTO ADNOMINAL.
a) A blusa de Pedro é linda. 
Quem é linda? A blusa de Pedro. Núcleo = blusa= concreto.
Pedro é o nome da blusa? Não, então (de Pedro) é um
 ADJUNTO ADNOMINAL.
b) A cidade de Londrina é linda. Quem é linda? A cidade de Londrina. 
Núcleo = cidade = concreto.
 
Londrina é o nome da cidade? Sim. Então(de Londrina) é um
 APOSTO ESPECIFICADOR.
c) A rua de terra será asfaltada pelo prefeito Beto Richa. 
Quem será asfaltada? A rua de terra. Núcleo = rua = concreto.
 
Terra é o nome da rua? Não. Então (de terra) é um
 ADJUNTO ADNOMINAL.
d) O rio Barigui secou. 
Quem secou? O rio Barigui. Núcleo = rio = concreto.
 
Barigui é o nome do rio? Sim. Então, Barigui é um
 APOSTO ESPECIFICADOR. 
Se o substantivo núcleo for abstrato, teremos: adjunto adnominal ou complemento nominal. 
a)  adjunto adnominal: quando tiver sentido ativo.
Ex.: A resposta do aluno foi satisfatória. (o aluno deu a resposta: sentido ativo)
b)  Complemento nominal: quando tiver sentido passivo.
Ex.: A resposta ao aluno foi satisfatória. (o aluno recebeu a resposta: sentido passivo)
Classifique sintaticamente os termos destacados em complemento nominal, aposto especificador ou adjunto adnominal. 
·         Não se esqueça de que os substantivos derivados de verbos são abstratos.
A venda = vender 
A construção = construir
A torcida = torcer
 
O estudo = estudar
a) A crítica da torcida foi importante para os jogadores.
b) A crítica
 à torcida foi ferina. 
c) O discurso
 do orador foi longo. 
d) Gosto de doce
 de abacaxi.
e) Impediram a derrubada
 da mata. 
f) A professora
 Helena tem paixão por carros antigos.
g) O café é benéfico à saúde. 
Respostas comentadas
a) Passo 1: da torcida está depois do substantivo crítica (abstrato) 
Passo 2: a torcida faz a crítica: sentido ativo= adjunto adnominal.
b) Passo 1: da torcida está depois do substantivo crítica (abstrato)
Passo 2: a torcida recebe a crítica: sentido passivo= complemento nominal.
c) Passo 1: do orador está depois do substantivo discurso (abstrato).
Passo 2: o orador faz o discurso: sentido ativo= adjunto adnominal.
d) Passo 1: de abacaxi está depois do substantivo doce(concreto)
Passo 2: como abacaxi não é o nome do doce e sim do que foi feito, então de abacaxi é adjunto adnominal.
e) Passo 1: da mata está depois do substantivo derrubada (abstrato)
Passo 2: a mata foi derrubada = sentido passivo= complemento nominal .
f) Passo 1: Helena está depois do substantivo professora (concreto)
Passo 2: Helena é o nome da professora. Então, Helena é um aposto especificador.
Passo 1: por carros antigos está depois do substantivo paixão(abstrato). Se o substantivo for abstrato, há duas opções: adjunto adnominal ou complemento nominal. E agora? Agora é simples. O adjunto adnominal só poderá ser introduzido pela preposição DE. Moleza, não? A preposição é POR ( por carros antigos), então, complemento nominal.
g) Passo 1: à saúde está depois do adjetivo benéfico. Já dá para matar que é complemento nominal. Se você deixou passar essa informação, observe que a preposição é o (A), então só pode ser complemento.

Numeral

Numeral é uma palavra que exprime número de ordem, múltiplo ou fração. Os numerais classificam-se em:
1º) Cardinais: um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, treze, catorze, vinte, trinta, quarenta, cinqüenta, cem, mil, milhão, bilhão.
2º) Ordinais: primeiro, segundo, terceiro, etc.
3º) Fracionários: meio, um terço, um quarto, um quinto, um sexto, um sétimo, um oitavo, um nono, um décimo, treze avos, catorze avos, vinte avos, trinta avos, quarenta avos, cinqüenta avos, centésimo, milésimo, milionésimo, bilionésimo.
4º) Multiplicativos: dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo, sêxtuplo, sétuplo, óctuplo, nônuplo, décuplo, cêntuplo.
Atenção para a grafia dos numerais cardinais:
16 – dezesseis
600 – seiscentos
50 – cinqüenta
60 – sessenta
17 – dezessete
13 – treze
14 – catorze ou quatorze
Atenção para a grafia dos seguintes numerais ordinais:
6º - sexto
400º - quadringentésimo
900º - nongentésimo
80º - octogésimo
11º - undécimo
600º - seiscentésimo
70º - septuagésimo
300º - trecentésimo
12º - duodécimo
500º - qüingentésimo
100º - centésimo
1.000º - milésimo
50º - qüinquagésimo
700º - setingentésimo
200º - ducentésimo
800º - octingentésimo
60º - sexagésimo
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
1ª) Na designação de papas, reis, séculos, capítulos, tomos ou partes de obras, usam-se os ordinais para a série de 1 a 10; daí em diante, usam-se os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo.
Exemplos: D. Pedro II (segundo), Luís XV (quinze), D. João VI (sexto), João XXIII (vinte e três), Pio X (décimo), Capítulo XX (vinte).
2ª) Quando o substantivo vier depois do numeral, usam-se sempre os ordinais.
Exemplos: primeira parte, décimo quinto capítulo, vigésimo século.
3ª) Na numeração de artigos, leis, decretos, portarias e outros textos legais, usa-se o ordinal até 9 e daí em diante o cardinal.
Exemplos: artigo 1° (primeiro), artigo 12 (doze).
4ª) Aos numerais que designam um conjunto determinado de seres dá-se o nome de numerais coletivos.
Exemplos: dúzia, centena.
5ª) A leitura e escrita por extenso dos cardinais compostos deve ser feita da seguinte forma:
a) Se houver dois ou três algarismos, coloca-se a conjunção e entre eles.
Exemplos: 94 = noventa e quatro ; 743 = setecentos e quarenta e três.
b) Se houver quatro algarismos, omite-se a conjunção e entre o primeiro algarismo e os demais (isto é, entre o milhar e a centena). Exemplo: 2438 = dois mil quatrocentos e trinta e oito.
Obs.: Se a centena começar por zero, o emprego do e é obrigatório.
5062 = cinco mil e sessenta e dois.
Será também obrigatório o emprego do e se a centena terminar por zeros.
2300 = dois mil e trezentos.
c) Se Houver vários grupos de três algarismos, omite-se o e entre cada um dos grupos.
5 450 126 230 = cinco bilhões quatrocentos e cinqüenta milhões, cento e vinte e seis mil duzentos e trinta.
6ª) Formas variantes:
Alguns numerais admitem formas variantes como catorze / quatorze, bilhão / bilião.
Nota: As formas cincoenta (50) e hum (1) são erradas.

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